AMISTOSO INTERNACIONAL

 AMISTOSO INTERNACIONAL - VENCEDOR NA ALEMANHA E DERROTADO NA FIGUEIRA DE MELO 

UMA GRANDE VITÓRIA E UM DESPEDIDA SENTIDA POR TODOS.!

SÃO CRISTÓVÃO 2X0 EPPINGEN 

JORGE LUIS SENA 

JORNAL DO COMMERCIO ED 006 

Um amistoso que mudaria os rumos de um jogador

Era para ser apenas mais um jogo, uma despedida simbólica de um atleta. No entanto, o amistoso entre o São Cristóvão e o VfB Eppingen acabaria marcando profundamente a trajetória de um jogador — e trazendo à história um capítulo especial na relação entre clubes de diferentes continentes.

O Verein für Bewegungsspiele Eppingen 1921 — nome oficial do clube — era, à época, o campeão da Segunda Divisão da Alemanha. Embora atualmente atue nas divisões inferiores do país, o Eppingen viveu um período de relativo sucesso nos anos 1970, com participações marcantes na Copa da Alemanha e destaque no cenário local.

Durante uma excursão ao Brasil para uma série de amistosos — que incluiu um jogo contra o Fluminense — o clube alemão resolveu convidar o São Cristóvão para uma partida amistosa, o que foi prontamente aceito. A oportunidade de enfrentar um time europeu, mesmo sem o mesmo peso de outras grandes potências, era tratada com seriedade e expectativa pela equipe do bairro imperial.

Além do aspecto internacional do confronto, o jogo também serviu como despedida de um jogador, cujo nome não apenas marcava o elenco, mas que teria seus rumos alterados por aquele duelo. Detalhes sobre essa trajetória específica podem ser resgatados a partir dos relatos do clube e da imprensa da época.

O amistoso gerou uma boa renda para o clube do bairro imperial, estimada em cerca de US$ 10 mil dólares — um valor expressivo para a época.

O coordenador de futebol do São Cristóvão, Benilton Rodrigues, destacou que, além do retorno financeiro, o jogo teve um papel importante na preparação do elenco, ajudando os jogadores a se entrosarem para a disputa de um torneio paralelo ao Campeonato Brasileiro. Esse torneio reuniria clubes que estavam fora das competições nacionais, oferecendo uma oportunidade de calendário competitivo e visibilidade.

Já o diretor financeiro, Mauro D'Avila, ressaltou que o montante arrecadado seria destinado a melhorias na Rua Figueira de Melo, especialmente na infraestrutura do estádio e nas dependências do clube, reforçando o compromisso com a valorização do patrimônio e da base local.

O amistoso terminou com vitória do São Cristóvão por 2 a 0 sobre o VfB Eppingen. A equipe dos Cadetes entrou em campo com a seguinte formação:

Jair; Podeirinho, Nélio, Neném e Júlio; Badú, Ivo, Sodré (Sivaldo) e Helvécio; Sena (Santos) e Fio Maravilha (Madeira), Zequinha (Zé Paulo).
Técnico: Franz.

Os dois gols da partida foram marcados por Fio Maravilha, grande destaque do jogo e figura carismática do futebol brasileiro.

A DESPEDIDA DE UM CRAQUE 

FOTO RETIRADA DO INSTAGRAN DO ATLETA 

O jogo não foi um simples amistoso. Ele marcou também a despedida de uma revelação do time: Jorge Luis Sena.

Revelado nas categorias de base do São Cristóvão, Sena foi um dos destaques da equipe nos Campeonatos Cariocas de 1974 e 1975, marcando 11 gols e chamando atenção por sua habilidade e presença ofensiva. Embora tenha passado pelas divisões de base do Flamengo, foi no São Cristóvão que a jovem promessa realmente explodiu, despertando o interesse de vários clubes.

Diante do crescente assédio de outras equipes, a diretoria do São Cristóvão fixou o passe do jogador em US$ 100 mil dólares — uma quantia significativa para a época. Naquele momento, o salário de Jorge Luis Sena no clube imperial era de CR$ 500 por mês, o que mostrava a disparidade entre o valor de mercado do atleta e sua remuneração.

O Vasco da Gama chegou a apresentar uma proposta formal, mas o valor oferecido foi muito inferior ao que o São Cristóvão esperava, e a negociação não avançou.

 O Atlético de Madrid surgiu com uma proposta irrecusável: US$ 120 mil dólares (equivalente a CR$ 960 mil cruzeiros) para a compra do passe, além de um salário mensal de CR$ 30 mil cruzeiros para o atleta.

Após algumas conversas e ponderações, Jorge Luis Sena aceitou a proposta. Três dias após a partida contra o VfB Eppingen, o jogador embarcou rumo à Espanha para assinar contrato com o clube madrilenho, dando início à sua carreira internacional.

FOTO RETIRADA DO INSTAGRAN PESSOAL 

CLÁSSICO IMPERIAL

 CLÁSSICO IMPERIAL 

O CLÁSSICO IMPERIAL: SÃO CRISTÓVÃO x PALMEIRAS-RJ

Antes da chegada do Vasco à região, o bairro de São Cristóvão contava com dois clubes principais: o São Cristóvão e o Palmeiras-RJ. Ambos tinham suas sedes na Rua Figueira de Melo e, de tempos em tempos, protagonizavam confrontos marcados por pouca amizade e muita tensão.

Oficialmente, pelo Campeonato Carioca, houve apenas um confronto entre as duas equipes, ocorrido em 1920. No primeiro jogo, realizado em Campos Sales, o mandante Palmeiras acabou derrotado por 4 a 2. No jogo de volta, na própria Figueira de Melo, os Cadetes aplicaram uma contundente vitória por 4 a 0.

Mas, no ano seguinte, o Palmeiras deu o troco. No Torneio Início de 1921, logo na primeira rodada, os rivais voltaram a se enfrentar. Desta vez, vitória do Palmeiras por 2 a 0, eliminando a forte equipe vizinha da competição.

Apesar dos poucos registros, os relatos da época apontam para um clima tenso entre os clubes. Os jogos eram marcados por forte marcação, atritos constantes entre os jogadores e disputas acirradas por cada palmo do campo. Sem dúvida, tratava-se de um verdadeiro clássico de bairro, carregado de rivalidade local e emoção.

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Fontes:

• 1921 – Periódico A Rua, edição nº 78, quarta-feira, 6 de abril, p. 4

• 1920 – Sport Illustrado, edição nº 15

• História dos Campeonatos Cariocas (1906–2010)

• Departamento de Comunicação e História do São Cristóvão

PRIMEIRO AMISTOSO INTERESTADUAL

 SÃO CRISTÓVÃO X YPIRANGA 

Revisão histórica: o primeiro amistoso interestadual do São Cristóvão

A gloriosa história do São Cristóvão começou a ser registrada graças ao trabalho do dedicado Raymundo Quadros, autor de dois livros sobre o clube e figura fundamental no resgate dessa memória. No entanto, talvez estejamos diante do primeiro possível equívoco histórico em seus relatos.

No dia 15 de novembro de 1915, o time do bairro imperial realizou aquele que é considerado seu primeiro amistoso interestadual, enfrentando o tradicional Clube Atlético Ypiranga, vice-campeão paulista de 1913. Segundo os registros do livro de Quadros, a partida ocorreu no Campo da Rua Figueira de Melo e terminou com vitória do São Christóvão por 5 a 3.

Contudo, outras fontes da época, como os jornais O Paiz e Jornal do Brasil, apresentam uma versão diferente. De acordo com essas publicações, o jogo foi realizado no Campo da Rua Guanabara — onde o Fluminense costumava mandar suas partidas — e o resultado foi uma vitória do Ypiranga por 5 a 3. Ainda segundo os jornais, o time paulista dominou a partida com tranquilidade, enquanto o São Cri-Cri atuou abaixo do esperado. Destaque para o goleiro L. Cardoso, que evitou um placar ainda mais elástico, e para o trio João Cantuária, H. Salema e J. Rollo, que se sobressaíram em campo.

Embora amistoso, o confronto teve grande valor simbólico: estava em disputa o prêmio "Moinho de Ouro", um troféu patrocinado pela diretoria do São Cristóvão em homenagem à Federação Brasileira de Sports. O evento contou com a presença de diversas autoridades esportivas da época, como o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, o presidente da Federação Brasileira de Sports, o vice-presidente da LMSA, além das diretorias de ambos os clubes.

O São Cristóvão tratou o clube visitante com grande hospitalidade. Além de oferecer um jantar de despedida no luxuoso Grande Hotel, promoveu passeios pela cidade do Rio de Janeiro e uma grande confraternização entre jogadores e dirigentes paulistas.

HISTORIADOR PAULO JORGE 

Semifinais da Série B1 Sub-20

Primeiro jogo da Semifinal do Carioca da terceira divisão .

São Cristóvão  cresce no segundo tempo, mas decisão fica para a próxima quarta-feira

São Cristóvão reage no segundo tempo, mas decisão será fora de casa

Na primeira partida da fase decisiva, o São Cristóvão, comandado pelo técnico Tupi, adotou uma postura mais defensiva, com três zagueiros e dois volantes de contenção. A estratégia refletiu em um início de jogo abaixo do esperado. O time foi pressionado e acabou sofrendo com as investidas do Artsul, que, apesar de não apresentar a eficiência de outras partidas, criou boas oportunidades.

O gol adversário veio em uma jogada construída pelo lado do campo, aproveitando uma falha do setor defensivo do São Cristóvão — consequência de um primeiro tempo aquém do ideal.

Na segunda etapa, a equipe voltou com mais determinação e mostrou por que chegou às semifinais. A reação começou por volta dos 35 minutos, quando o São Cristóvão passou a dominar as ações. A entrada de um volante com maior capacidade de saída de bola deu novo ritmo ao meio-campo. O jogador se destacou nas divididas e nos chutes de média distância.

O gol da equipe foi marcado pelo volante Davi Hurtado, após assistência de Jonathan (Cazé). A pressão aumentou até o apito final, mas a virada não se concretizou. Com 60% de posse de bola e amplo domínio na segunda metade do jogo, pode-se dizer que cada time teve seu tempo no confronto.

A decisão está marcada para a próxima quarta-feira, às 14h45, no Estádio do Artsul.

Em outro jogo da rodada, o Serrano venceu o Paduano por 3 a 1 fora de casa e ficou muito próximo da vaga na final da competição.

Notícia Importante 

Na manhã desta segunda-feira, nosso presidente João Machado, acompanhado do supervisor do clube, André Ricardo, firmou uma importante parceria com a Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais (AVCFN), garantindo o uso das instalações da LESPAM para os treinos do nosso elenco profissional.

O São Cristóvão de Futebol e Regatas agradece ao Almirante Leitão pela recepção atenciosa e cordialidade no encontro, ao General Pazuello pelo apoio à iniciativa, e ao Sr. Zoser e ao Sr. Rabello pela indicação da LESPAM.

Seguimos confiantes de que essa união será fundamental para alcançarmos nosso grande objetivo: o acesso ao fim da temporada.

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E HISTÓRIA. 

HISTORIADOR PAULO JORGE