sábado, 29 de novembro de 2025

UMA LENDA CHAMADA BELLOT

 UMA LENDA CHAMADA BELLOT


“A torcida sempre me pedia para voltar. Chegaram mesmo a promover uma campanha chamada “Machuca, Max”, para que eu pudesse ser titular”(futebol pelo Mundo). 


Nome: Josenildo Francisco da Silva Bellot
Data de nascimento: 8/1/1964
Local de nascimento: Goiana – PE
Data de falecimento: 23/3/2012
Local de falecimento: Rio de Janeiro – RJ
Posição: Ex-goleiro

Josenildo Bellot, mais conhecido apenas como Bellot, teve uma trajetória marcada pela dedicação ao futebol e por uma carreira vasta, passando por diversos clubes pelo país. Ao longo dos anos, defendeu equipes como Vila Nova, Goiás, Goiânia, Goiatuba, Anápolis, Atlético-GO, Novorizontino (o antigo), Santo André, Portuguesa, XV de Jaú, Náutico, Porto-PE, Santa Cruz, Juventus-SP, River-PI e União Rondonópolis-MT. No futebol carioca, vestiu as camisas de America, Portuguesa e São Cristóvão, onde construiu grande parte de sua identidade profissional.

Reconhecido como um goleiro de reflexos rápidos e técnica consistente, Bellot, entretanto, não alcançou maior destaque nacional principalmente por conta de sua estatura considerada baixa para a posição—um fator que, à época, pesava bastante nas avaliações de jogadores. Ainda na categoria mirim, protagonizou um fato curioso: acabou se tornando o primeiro goleiro a levar um gol de Romário, em partida do Estadual entre America e Olaria, realizada em 12 de novembro de 1979. O episódio se tornaria uma das histórias mais mencionadas ao relembrar o início da carreira de ambos.

Depois de atuar por tantos clubes, Bellot encerrou sua trajetória como jogador no São Cristóvão, onde também passou a trabalhar como funcionário do clube, desempenhando inúmeras funções. Foi treinador, auxiliar técnico, supervisor, gerente de futebol e até preparador de goleiros, mostrando enorme versatilidade e comprometimento. Mesmo aposentado oficialmente dos gramados, continuou sendo inscrito pelo clube no Boletim Informativo de Registro de Atletas (Bira) da FFERJ, caso surgisse a necessidade emergencial de um goleiro. Por isso, era comum vê-lo treinando, e chegou inclusive a atuar por alguns minutos em partidas oficiais em 2011, acumulando ao mesmo tempo cargos administrativos e técnicos.

A partir do ano 2000, quando voltou definitivamente ao Rio de Janeiro, Bellot iniciou um projeto social que se tornaria uma de suas marcas mais importantes fora de campo. Motivado pelo desejo de contribuir com sua comunidade, passou a desenvolver um trabalho junto à Associação de Moradores de Oswaldo Cruz, dando origem à Escolinha de Futebol Bellot, inaugurada em 26 de fevereiro de 2000. Localizada na rua Nascimento Gurgel, nº 392, a escolinha rapidamente se tornou um ponto de referência no bairro. Em seu período mais próspero, contou com 166 crianças inscritas, todas obrigadas a manter pelo menos 90% de frequência escolar para permanecer no projeto. A principal meta de Bellot era usar o esporte como ferramenta educativa, ocupando o tempo livre das crianças com atividades saudáveis, disciplina e formação social. Aqueles que demonstravam maior talento tinham a chance de ser encaminhados a clubes profissionais.

Entre 2000 e 2012, Bellot atingiu outro feito expressivo: tornou-se o jogador com mais partidas na história do São Cristóvão, acumulando 432 jogos com a camisa cadete—um número que demonstra sua longevidade, sua importância e sua forte ligação com o clube.

O falecimento de Bellot aconteceu justamente no lugar que ele mais amava: o clube onde dedicou grande parte de sua vida. Ele trabalhava diariamente no estádio da Figueira de Melo e, como era de seu hábito, chegava sempre muito cedo — antes mesmo das sete da manhã, horário em que já costumava estar em plena atividade.

Naquele dia, um antigo dirigente do São Cristóvão, Henrique Gaspar, então supervisor de futebol, entrou nas dependências do clube e encontrou Bellot caído no chão, desacordado. Imediatamente acionou o atendimento médico, mas, infelizmente, nada pôde ser feito.

Bellot ainda foi levado às pressas para o Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, porém já chegou sem vida. Seu sepultamento ocorreu no cemitério de Ricardo de Albuquerque, encerrando de maneira triste a trajetória de um profissional que dedicou corpo e alma ao futebol e ao São Cristóvão.

A trajetória de Bellot combina superação, amor ao futebol e compromisso com a formação de jovens atletas. Seu legado permanece vivo tanto nos clubes por onde passou quanto na comunidade que se beneficiou de seu trabalho social e esportivo.






SÃO CRISTÓVÃO x VASCO — ANO 2000
Escalação do São Cristóvão

Josenildo (Thiago); Isaías (Peterson), Alessandro (Índio), Eduardo (Dedé) e Fabrício;
Rodrigo Souto (Benê), Moisés (Alexandre), Dinho (Lúcio) e Fabinho (Careca);
Rodrigão (Baiano) e Bruno (Naldo).
Técnico: Gilson Paulino.

Os comandados do presidente Paulo de Almeida marcaram época naquele ano. Era um time bem organizado e competitivo, que por muito pouco não conseguiu a classificação. O clube vivia um momento de ressurgimento e reconstrução dentro e fora de campo.

A foto — cedida pelo lateral Fabrício — foi tirada na reinauguração da Figueira de Melo. Nela, aparece a antiga arquibancada, já demolida, que comportava cerca de 9 mil torcedores. O evento contou com um amistoso contra o forte Vasco do início dos anos 2000.

O primeiro tempo terminou em 0 a 0, com o São Cristóvão pressionando intensamente. O atacante Bruno teve duas grandes oportunidades de abrir o placar para os donos da casa.

Um detalhe curioso: quem entrou no lugar de Josenildo foi Thiago, hoje conhecido como Thiago Eller, atual preparador de goleiros do Flamengo. À época, ele era o reserva imediato da posição.

Além das boas campanhas no Brasileiro e no Carioca, aquele time protagonizou outra grande atuação no dia 23 de outubro, também na Figueira de Melo, vencendo a Seleção Brasileira Sub-20 por 4 a 0.

Escalação desse jogo:
Thiago Eller; Rafael (Eduardo), Alessandro (Índio), Marcelo (Carlos) e Fabrício;
Moisés, Rodrigo Souto, Leandro “Gaúcho” (Richard) e Alysson;
Dinho e Branco.

Homenagem da equipe de Comunicação e História a um dos grandes ídolos do clube.                                                                                                                                                                                                                                                     





quarta-feira, 29 de outubro de 2025

LUIZ SENA - O 9 ANTES DO RONALDO

ANTES DO RONALDO, EXISTIU SENA 



Certamente um dos maiores jogadores que já vestiu a camisa do Clube São Cristóvão de Futebol e Regatas, Sena foi um dos atacantes mais talentosos e marcantes da história do clube.Nascido e criado nos arredores do campo da Figueira de Melo, ele ajudou a construir a mística da camisa 9 do São Cristóvão — símbolo de garra, técnica e amor pelo futebol suburbano.

Durante nossa entrevista, encerrou a conversa com uma frase que resume perfeitamente seu legado:
“Antes do Ronaldo, existiu um Sena.”




Jorge Luiz Sena nasceu em 25 de abril de 1953, no Distrito Federal, Rio de Janeiro. Desde muito jovem, demonstrou paixão pelo futebol e começou a trilhar o caminho que o levaria aos gramados cariocas.

Sena tentou uma vaga nas categorias de base do Vasco da Gama, mas acabou não conseguindo espaço no elenco cruzmaltino. Foi então que o São Cristóvão de Futebol e Regatas surgiu em sua vida — e ali ele encontrou o clube que marcaria definitivamente sua história e onde construiria seu nome como um dos grandes atacantes do futebol suburbano carioca.



Em 1973, Jorge Luiz Sena chegou ao São Cristóvão graças a um dirigente do clube, que resolveu dar uma oportunidade ao jovem jogador ao perceber seu enorme potencial.

Sena não decepcionou: foi artilheiro da categoria juvenil e rapidamente chamou atenção. Segundo relato do próprio jogador, em uma partida contra o Bangu, os Cadetes venceram por 8 a 0, e todos os oito gols foram marcados por ele — uma atuação que despertou o interesse da comissão técnica do time principal, que na época estava sendo renovado com jovens promissores.

Após apenas um ano no juvenil, em 1974, Sena assinou seu primeiro contrato profissional com o clube. Sua estreia ocorreu logo na primeira rodada da Taça Guanabara de 1974, em um confronto contra o Madureira, vencido pelo São Cristóvão por 2 a 1 — e, como não poderia ser diferente, os dois gols foram de Sena. 

O jogador marcou três gols , mas acabou não ajudando a equipe que foi eliminada no primeiro turno. 

O ano de 1975 foi especial na carreira de Jorge Luiz Sena. Em uma partida válida pelo Campeonato Carioca, o atacante viveu um dos momentos mais marcantes de sua trajetória.

Em um jogo histórico, com atuações brilhantes de Sena e do lendário Fio Maravilha, o São Cristóvão protagonizou uma das maiores zebras do futebol carioca ao vencer o Flamengo de Zico por 3 a 2, de virada.

Aquela partida entrou para a história do clube e também para a memória do próprio Sena, que sempre recorda esse jogo como um dos mais importantes e emocionantes de sua carreira.

Jogos do primeiro turno- Taça Guanabara 

SÃO CRISTÓVÃO 2 X MADUREIRA 1
Local: Ilha do Governador - Rio de Janeiro (GB).
Juiz: Joel Cavalcante Rocha. Auxs.: Evaldo Viana e Azenclever Barre­to.
Renda:Cr$ 3.834,00.
Público: 638.
Gols: Sena, 33 do 1.°, Sena, 35 e José Carlos, 44 do 2.°.
São Cristóvão: Jair, Nélio, Nenen, Dias, Júlio, Ivo Sodré, Badu, Santos, Helvé­cio, Sena e Madeira.
Madureira: Dorival, Orlando, Valtinho, Celso, Adrião, José Luís, Russo, Zé Dias, Luís Carlos, Carlinhos e Paulo César (José Carlos).

SÃO CRISTÓVÃO 1 X CAMPO GRANDE 1
Local: Moça Bonita – Rio de Janeiro (GB)
Juiz: José Roberto Wright
Renda: Cr$ 5.963,00
Gols: Ailton 4’, Sena (pênalti) 23’ do 2.º
São Cristóvão: Jair, Júlio, Nélio, Dias, Nenen, Ivo Sodré, Badu, Santos, Helvé­cio, Sena e Madeira.
Campo Grande: Moacir, Paulo, Biluca, Paulo César, Péricles, Edval, Tião, Neco, Luis Carlos, Aílton e Malizia.

BOTAFOGO 2 X SÃO CRISTÓ­VÃO O
(Preliminar de Fluminense x Olaria.)
Juiz: Aloísio Felisberto da Silva.
Gols: Fischer, 17 do 1.°; Carlos Al­berto. 35 do 2.°.
Botafogo: Ubirajara Alcântara; Mauro Cruz, Chiquinho, Osmar. Marinho, Carlos Roberto, Marco Aurélio, Nilson, Fischer, Puruca (Ferreti) e Dirceu.
Técnico: Zagallo
São Cristóvão: Jair; Neném, Nélio, Dias, Nílton, Madeira, Ivo Sodré, Oliveira, Sena, Badu e Rafa (San­tos).

FLAMENGO 2 X SÃO CRISTÓ­VÃO O
(Preliminar de Botafogo x Olaria)
Juiz: José Roberto Wright.
Gols: Doval, 9 do l.° e 43 do 2.°.
Flamengo: Renato; Rondineli (Nei), Jaime, Vantuir, Vanderlei, Liminha, Geraldo (Zé Mário), Paul nho, Do­val, Zico e Rodrigues Neto.
Técnico: Joubert
São Cristóvão: Jair; Neném, Nélio (Júlio), Dias, Nílton, Badu (Helvé­cio), Ivo Sodré, Madeira, Santos, Oliveira e Sena.

OLARIA 3 X SÃO CRISTÓVÃO O
Local: Teixeira de Castro – Rio de Janeiro (GB)
Juiz; Artur Ribeiro Araújo.
Renda: Cr$ 4.050,00
Público: 607
Gols: Afonsinho, 6, e Antoninho, 41 do 1.°; Calú, 6 do 2.°.
Olaria: Ronaldo; Moreira, Miguel, Djair, Da Costa, Gilberto, Afonsi­nho, Antoninho, Mickey, Calú e Fer­nando (Tanesi).
São Cristóvão: César; Júlio, Nélio, Dias, Nílton, Helvécio, Ivo Sodré, Santos, Sena, Oliveira e Madeira.

VASCO 3 X SÃO CRISTÓVÃO O
Local: São Januário – Rio de Janeiro (GB)
Juiz: Artur Ribeiro Araújo.
Renda: Cr$ 49.440,00
Gols: Roberto, 24 do 1.°; Zanata, 24, e Roberto, 41 do 2.°.
Vasco: Carlos Henrique; Fidélis, Joel, Miguel (Gaúcho), Paulo Cé­sar, Alcir, Zanata, Jorginho, Peres, Roberto e Luís Carlos.
Técnico: Mário Travaglini
São Cristóvão: César (Henrique); Júlio, Nélio, Dias, Milton, Madeira (Ivo Sodré), Zé Paulo, Rafa, Neném, Sena e Badu.

FLUMINENSE l X SÃO CRISTÓ­VÃO O
(Preliminar de Flamengo x Olaria)
Juiz: Néri José Proença.
Gols: Cafuringa, 14 do 2.°.
Fluminense: Félix; Toninho, Brunel, Assis, Marco Antômo, Marquinho (Silveira), Gérson, Cafuringa, Zé Roberto, Mazinho e Gil.
Técnico: Parreira
São Cristóvão: Jair; Júlio (Badu), Hélio, Dias, Milton, Madeira, Zé Paulo, Neném, Helvécio, Sena e Ra­fa (Sílvio).


AMÉRICA 3 X SÃO CRISTÓVÃO O
(Preliminar de Flamengo x Bonsucesso)
Juiz: Carlos Costa.
Gols: Luisinho, 16 e 39, e Gilson Nunes, 44 do 2.°.
América: Rogério; Orlando, Alex, Geraldo, Álvaro, Ivo, Bráulio, Fle­cha, Luisinho, Edu (Mauro) e Gil­son Nunes.
Técnico: Daniel Alvim
São Cristóvão: Jair; Júl:o, Nélio, Dias, Milton, Madeira, Neném (Almir), Rafa, Sena, Zé Paulo e Hel­vécio (Padeiro).

SÃO CRISTÓVÃO l X BANGU O
Local: Bonsucesso – Rio de Janeiro (GB)
Juiz: Geraldino César.
Renda: Cr$ 2.072,00
Público: 235
Gol: Badu, 13 do 2.°.
São Cristóvão: Jair; Neném, Nélio, Dias, Milton, Badu, Almir, Jú­lio, Sena, Zé Paulo (Ivo Sodré) e Helvécio.
Bangu: Sanches; Chumbinho, Lumumba, Serjão, Hamilton, Gaúcho (Paulão), Jaime, Rubinho, Sérgio, Chiquinho e Djair.
Técnico: Aníbal Saraiva


BONSUCESSO O X SÃO CRISTÓVÃO O
Local: Ilha do Governador - Rio de Janeiro (GB)
Juiz: Aluisio Felisberto
Renda: Cr$ 4.392,00
Público: 509
BONSUCESSO: Pedrinho, Natal, Nilo, Nilson, Paulo Henrique, Silva, Cabral, Naldo, Paulo Reina, Acelino e Valinhos
SÃO CRISTÓVÃO: Jair, Neném, Nélio, Dias, Milton. Badu, Ivo Sodré, Nílton, Sena, Almir e Zé Paulo.

SÃO CRISTÓVÃO O X PORTU­GUESA O
Local: Teixeira de Castro - Rio de Janeiro (GB)
Juiz: Joel Cavalcanti Rocha.
Renda: Cr$ 3.272,00
Público: 376
São Cristóvão: Jair; Júlio, Nélio, Nenen, Sinvaldo, Badu, Ivo Sodré, Almir, Milton (Padeirinho), Sena e Zé Paulo (Rafael).
Portuguesa: Norival; Miguel, Moi­sés, Niltinho, Calibé, Carlinhos (Zé Fernandes), Hélio, Didinho, Noé, Russo e Luisinho.


Campeonato Carioca 75 - Primeiro Turno - Taça Guanabara



AMÉRICA 2 X SÃO CRISTÓVÃO 1
Local: Teixeira de Castro
Juiz: José Marçal Filho
Renda: Cr$ 23 710,00
Público: 1 893
Gols: Sena (São Cristóvão, pênalti) 20, Mauro 37 e Ivo 45 do 2º
América: Pais, Fidélis, Alex, Geraldo e Álvaro; Renato, Bráulio (Mauro) e Ivo; Flecha, Manuel (Expedito) e Paulo César.
São Cristóvão: Henrique, Júlio, Nélio, Neném e Peixinho; Alberto (Almir), Madeira e Zé Paulo (Padeirinho);
 Santos, Sena e Fio.


SÃO CRISTÓVÃO 2 x OLARIA 1
Local: Teixeira de Castro
Juiz: Reginaldo Matias
Renda: Cr$ 3 150,00
Público: 306
Gols: Gessê 40 do 1º; Santos 10 e Sena 23 do 2º
Cartão amarelo: Fio, Peixinho, Santos, Gilberto, Clézio e Carlos Antonio
Expulsão: Fio aos 37 do 2º
São Cristóvão: Jair (Henrique), Júlio, Nélio, Neném e Peixinho; Alberto, Almir, Madeira e Badu; Santos, Sena e Fio.
Olaria: Ronaldo, Alves, Mário Tito (Jarbas), Gilberto e Celso; Andreotti, Gessé (Acelino) e Ézio; Carlos Antônio, Aurê e Clécio.
Obs: O goleiro Jair sofreu fratura exposta no dedo anular da mão direita num choque com Aurê



SÃO CRISTOVÃO 1 X FLUMINENSE 5
Local: Maracanã
Juiz: Aloísio Felisberto da Silva
Renda: Cr$ 108.669,00
Público: 11.157
Gols: Nélio (contra) 25', Ze Roberto 35', Silveira (penalti) 56', Gil 65' e 83', Sena 80'
Fluminense: Félix; Toninho, Silveira, Assis e Marco Antonio; Zé Mário, Kléber e Rivelino; Gil, Manfrini e Zé Roberto (Mário Sérgio)
Técnico: Edinho.
São Cristovão: Enrique; Júlio, Nélio, Neném e Peixinho; albeto, Madeira e Almir (Badu), Santos, Sena e Nilton (Ivo Sodré)

BONSUCESSO 1 X SÃO CRISTOVÃO 0
Teixeira de Castro
Árbitro: Hélio Tavares
Cartões Amarelo: Julio,Nenem e Marco Antônio
Renda: Cr$ 7.900,00
Público: 726
Gol: Naldo aos 27 do primeiro tempo
Bonsucesso: Valdir; Miguel,Nilo,Nilson e Carlos Alberto, Silva,Cabral e Samarone( Adãozinho)Naldo, Mickey ( Lima) e Marco Antônio
Técnico: Velha
São Cristovão: Henrique; Julio,Nélio,Nenem e Peixinho; Alberto ( Badu), Ivo Sodré e Almir ( Pandeirinho) Nilton,Sena e Fio


FLAMENGO 2 X SÃO CRISTÓVÃO 3
Local: Maracanã;
Juiz: José Marçal Filho;
Renda: Cr$ 196 564,50;
Público: 21 619;
Gols: Zico (Flamengo) 3 e 39 e Sena 44 do 1º; Sena 36 e Santos 42 do 2º
Flamengo: Renato, Júnior, Jaime, Luís Carlos Rodrigues Neto, Liminha, Geraldo, Edson, Paulinho, Zico e Doval.
Técnico: Joubert
São Cristóvão: Sergio;Julio (Pedirinho), Nelio, Nenem e Peixinho; Badu, Ivo Sodré (Madeira) e Almir; Santos, Fio e Sena

SÃO CRISTÓVÃO 1 X CAMPO GRANDE 1
Local: Teixeira de Castro;
Juiz: Nilson Dias Durão;
Renda: Cr$ 3 470,00;
Público: 298;
Gols: Paulo Roberto (Campo Grande) 15 do 1º e Santos 25 do 2º
Expulsão: Santos (São Cristóvão)
São Cristóvão: Sérgio (Henrique), Júlio, Nélio, Neném e Peixinho; Badu e Ivo Sodré; Santos, Fio, Sena e Almir (Madeira).
Campo Grande: Ubirajara, Edval, Paulo César e Péricles; Jorge (Lírio) e Zé Luis; Jádson, Haroldo (Jorginho), Marçal e Rui.


SÃO CRISTÓVÃO l X MADUREIRA l
Local: Teixeira de Castro;
Juiz: Evaldo Viana;
Renda: Cr$ 4 340,00;
Público: 401;
Gols: Sena 15 e Mingo (Madureira) 44 do 2º
Madureira: Dorival, Orlando, Vagner, Paulo César e Jorge Luis; Rui, Almir (Mingo) e Carioca; Caio, Luis Carlos e Válber (Zé Dias).
São Cristóvão: Jair, Júlio, Nélio, Carlinhos e Peixinho; Badu, Almir e Ivo Sodré; Nilton, Sena e Fio (Zequinha).

BOTAFOGO 5 X SÃO CRISTÓVÃO 1
Local: São Januário
Juiz: Antônio Ribeiro de Araújo
Renda: Cr$ 35 330,00
Público: 2 965
Gols: Cremilson 41 do 1º; Fischer 12, Nilson 14, Marinho 28, Fischer 30 e Peixinho 44 do 2º
Botafogo: Wendell, Miranda, Chiquinho (Marco Aurélio), Mauro Cruz (Osmar) e Marinho; Carbone e Carlos Roberto; Cremilson, Fischer, Nilson e Dirceu.
Técnico: Zagalo
São Cristóvão: Sérgio, Júlio, Nélio, Badu e Peixinho; Neném e Almir; Santos, Sena, Ivo Sodré e Zequinha (Nildo).

BANGU 1 X SÃO CRISTÓVÃO 1
Local: Moça Bonita;
Juiz: Durvalino Perez
Renda: Cr$ 10 720,00
Público: 1 059;
Gols: Chiquinho 28 e Lola 32 do 1º; Sena 10 do 2º
Expulsão: Neném
Bangu: Luis Alberto, Valderi, Serjão, Luis Alberto I e Hamilton; Tomé e Carlinhos; Gilberto, William, Chiquinho e Lola
São Cristóvão: Sérgio, Júlio, Nelio, Neném e Carlinhos; Badu e Madeira; Helvécio, Sena, Fio e Almir

VASCO 6 X SÃO CRISTÓVÃO l
Local: São Januário;
Juiz: José Roberto Wright;
Renda: Cr$ 19 256,00;
Público: 1 916;
Gols: Jair Pereira 25, 26 e 30, e Roberto (pênalti) 41 do 1º; Roberto (pênalti) 3, Sena 30 e Gaúcho 37 do 2º;
Expulsões: Badu e Almir
Vasco: Zé Luís, Paulo César, Joel, Renê, Alfinete (Celso Alonso), Alcir (Gaúcho), Zanata, Carlinhos, Jair Pereira, Roberto e Luís Carlos
Técnico: Mário Travaglini
São Cristóvão: Sérgio, Padeirinho, Júlio, Carlinhos, Peixinho, Badu, Alberto (Almir), Helvécio (NÍlton); Sena, Madeira e Zequinha

PORTUGUESA 1 X SÃO CRISTÓVÃO 1
Local: Ilha do Governador;
Juiz: José Valeriano Correia;
Renda: Cr$ 3 470,00;
Publico: 342;
Gols: Filipe 13 do 19 e Madeira 15 do 29
Portuguesa: Mauro, Calibe, Daniel, Fernando, Laurencir, Jurandir (Filé), Carlinhos, Russo, Botelho, Filipe e Eraldo
São Cristóvão: Jair, Padeirinho, Nêlio, Carlinhos, Peixinho, Nené, Ivo, Madeira, Helvécio (Nilton), Sena e Fio

OLARIA O X SÃO CRISTÓVÃO O
Local: Rua Bariri;
Juiz: José Maria Brandão.
Renda: Cr$ 4 960,00;
Público: 491
Olaria: Ernani, Alves, Mário Tito, Gilberto e Celso, Gérson Andreotti e Gesse (Acelino); Durval, Cabral, Didinho e Ézio (Clésio)
São Cristóvão: Jair, Júlio, Nélio, Neném e Peixinho; Badu e Almir; Helvécio, Sena, Zequinha (Ivo Sodré) e Madeira.

FLUMINENSE 1 X SÃO CRISTÓVÃO 1
(Preliminar de Flamengo x Olaria)
Juiz: Aloísio Felisberto;
Gols: Mário Sérgio 13 e Ivo Sodré 34 do 1º
Expulsão: Cléber;
Cartão amarelo:  Cléber, Edinho e Neném
Fluminense: Roberto, Toninho, Silveira, Edinho e Carlinhos; Zé Mário e Cléber: Gil, Luís Alberto (Carlos Alberto), Erivaldo e Zé Roberto (Mário Sérgio)
Técnico: Paulo Emilio
São Cristóvão: Jair, Júlio, Nélio, Neném e Peixinho; Badu e Ivo Sodré; Helvécio (Padeirinho), Sena, Zequinha e Madeira (Nílton)

CAMPO GRANDE  l X SÃO CRISTÓVÃO O
Local: Ítalo dei Cima;
Juiz: Amauri Ponciano de Aguiar;
Renda: Cr$ 4 050,00;
Público: 401; 
Gol: Marçal 3 do 1º;
Expulsão: Diniz
Campo Grande: Moacir, Haroldo, Edval, Paulo César (Lírio), Pericles,  Alves,  Tiao,  Mazola (Rui), Marçal, Almir ej)iniz
São Cristóvão: Jair, Júlio, Nélio, Carlos, Peixinho,  Badu, Madeira (Almir), Helvécio, Sena, Fio e Ivo Sodré  (Zequinha)

BOTAFOGO 6 X SÃO CRISTÓVÃO 2
Preliminar de Flamengo x Bonsucesso;
Juiz: Néri José Proença;
Gols: Ademir 4, Nilson 16, Fischer 25 e Júlio 38 do 1º; Fischer l, Sena 7, Cremílson 17 e Nilson 33 do 2º; 
Cartão amarelo: Marinho, Fischer, Madeira e Fio
Botafogo: Ubirajara, Miranda, Chiquinho, Artur, Marinho, Carbone, Ademir, Rogério (Cremílson) , Fischer, Nilson e Dirceu (Puruca)
Técnico: Zagallo
São Cristóvão: Jair (Henrique), Júlio, Nelio, Carlinhos, Peixinho (Padeirinho), Badu,  Ivo Sodré, Helvécio, Fio, Sena e Madeira

SÃO CRISTÓVÃO O X BANGU O
Local: Teixeira de Castro;
Juiz: Roberto Costa;
Renda: Cr$ 4 560,00;
Público: 433
São Cristóvão: Henrique, Padeirinho (Carlinhos), Nélio, Júlio, Peixinho, Madeira, Ivo Sodré, Zequinha. Helvécio. Sena e Fio
Bangu: Luís Alberto, Ilminho, Sérgio (Valderi), Luís Alberto II, Hamilton. Tomé, Netinho (Rogério), Miranda. Carlinhos, William e Lola
Técnico: Jarecyl Ribeiro

MADUREIRA 2  X  SÃO  CRISTÓVÃO O
Local: Conselheiro Galvão;
Juiz: Amauri Ponciano;
Auxiliares: Hélio Tavares e Helio Soares
Renda: Cr$ 3 210,00;
Público: 289;
Gols: Mingo 28 e Ademir 36 do 2.°
Madureira: Dorival, Orlando, Vágner, Paulo César, Jorge Luís, Rui, Carioca, Zé Dias, Mingo, Luís Carlos (Ademir) e Válber
São Cristóvão: Henrique, Júlio, Nélio, Neném, Peixinho, Madeira, Ivo Sodré (Padeirinho), Helvécio, Sena, Fio e Zequinha (Sinvaldo)

VASCO 2 X SÃO CRISTÓVÃO 1
Local: São Januário;
Juiz: Moacir Miguel dos Santos;
Renda: Cr$ 65 788,00;
Público: 6055;
Gols: Roberto 12 do 1.°; Roberto 23 e Ivo Sodré 43 do 2.°
Vasco: Andrada, Paulo César. Miguel. Renê, Celso Alonso, Alcir, Zanata. Carlinhos (Galdino). Dé. Roberto e Luís Carlos
Técnico: Mário Travaglini
São   Cristóvão:   Henrique.   Padeirinho. Nélio,   Neném.   Peixinho.   Júlio,   Badu. Helvécio.   Ivo  Sodré,  Sena  e  Madeira (Sinvaldo)

FLAMENGO   2   X   SÃO   CRISTÓVÃO O
Preliminar de Botafogo x Madureira;
Juiz: José Roberto Wright;
Gols: Luisinho 7 do 1.° e Zico (pênalti) 35 do 2.°:
Expulsão: Almir;
Cartão amarelo: Júlio, Nenen e Paulinho
Flamengo: Cantarele. Júnior, Rondineli, Jaime, Rodrigues Neto, Liminha, Geraldo, Paulinho, Luisinho. Zico e Luís Paulo (Julinho)
Técnico: Joubert
São Cristóvão: Henrique, Padeirinho, Nélio, Nenen, Peixinho, Júlio (Almir), Badu, Helvécio (Nílton), Sena, Zequinha e Madeira

SÃO CRISTÓVÃO 1 X BONSUCESSO 1
Local: Rua Bariri;
Juiz: Aluísio Felisberto da Silva;
Renda: Cr$ 4 115,00;
Público: 411;
Gols: Clésio 43 do 1.° e Sena 43 do 2.°
Bonsucesso: Valdir, Miguel, Nilo, Nilson, Carlos Alberto, Silva, Cabral, Marco Antônio, Chiquinho (Naldo), Clésio (Adãozinho) e Samarone
São Cristóvão: Henrique, Padeirinho (Nílton), Nélio, Neném, Peixinho, Badu, Júlio, Ivo Sodré (Linvaldo), Hel¬vécio, Sena e Zequinha


AMÉRICA 1 X SÃO CRISTÓVÃO O
Local: Moça Bonita;
Juiz: Roberto Costa;
Renda: Cr$ 6 390,00;
Público: 602;
Gol: Orlando 29 do 2.°
América: País, Orlando, Geraldo, Biluca, Paulo Maurício, Ivo, Renato, Neco, Tadeu (Manuel). Roberto e Gilson Nunes (Paulo César)
São Cristóvão: Jair, Padeirinho, Nélio, Neném, Peixinho, Badu, Ivo Sodré. Helvécio (Nílton), Sena, Fio e Zequinha

PORTUGUESA 1 X SÃO CRISTÓVÃO 1
Local: Teixeira de Castro;
Juiz: José Marçal Filho;
Renda: Cr$ 2 245,00;
Público: 203;
Gols: Sena 9 e Felipe 32 do 1.º
Portuguesa: Mauro, Calibé. Fernando. Niltinho, Sued, Carlinhos, Carlos Magno, Heraldo (Filé), Jair Botelho, Felipe e Bruno
São Cristóvão: Jair, Padeirinho, Nélio. Nenen, Júlio, Badu, Madeira (Almir). Fio (Santos), Helvécio, Sena e Zequinha

TORNEIO ABELARD FRANÇA: 3 JOGOS - 1 GOLS 
CAMPEONATO CARIOCA 1974/1975: 33 JOGOS 13 GOLS 
TOTAL PELO SÃO CRISTÓVÃO : 36 JOGOS E 14 GOLS 


VIAGEM PARA A EUROPA 

Com Sena sendo considerado um dos principais jogadores do São Cristóvão, começaram a surgir propostas de clubes com maior poder financeiro. O primeiro interessado foi o Vasco da Gama, que chegou a fazer sondagens pelo atacante.

O clube do bairro Imperial pediu CR$ 300 mil pelo passe de Jorge Luiz Sena, mas o Vasco não estava disposto a pagar essa quantia. Na época, o jogador recebia cerca de CR$ 500 por mês.

Antes que outro time brasileiro se aproximasse, o Atlético de Madrid, da Espanha, apresentou uma proposta irrecusável: ofereceu CR$ 30 mil por mês de salário ao jogador e pagou ao São Cristóvão a quantia de US$ 120 mil — o equivalente a cerca de CR$ 960 mil cruzeiros.

O valor representou um grande reforço financeiro para o clube carioca e marcou o início da carreira internacional de Jorge Luiz Sena.


O ÚLTIMO JOGO DE SENA 


Era para ser apenas mais um jogo, uma despedida simbólica de um atleta. No entanto, o amistoso entre o São Cristóvão e o VfB Eppingen acabaria marcando profundamente a trajetória de um jogador — e trazendo à história um capítulo especial na relação entre clubes de diferentes continentes.

Verein für Bewegungsspiele Eppingen 1921 — nome oficial do clube — era, à época, o campeão da Segunda Divisão da Alemanha. Embora atualmente atue nas divisões inferiores do país, o Eppingen viveu um período de relativo sucesso nos anos 1970, com participações marcantes na Copa da Alemanha e destaque no cenário local.

Durante uma excursão ao Brasil para uma série de amistosos — que incluiu um jogo contra o Fluminense — o clube alemão resolveu convidar o São Cristóvão para uma partida amistosa, o que foi prontamente aceito. A oportunidade de enfrentar um time europeu, mesmo sem o mesmo peso de outras grandes potências, era tratada com seriedade e expectativa pela equipe do bairro imperial.

Além do aspecto internacional do confronto, o jogo também serviu como despedida de um jogador, cujo nome não apenas marcava o elenco, mas que teria seus rumos alterados por aquele duelo. Detalhes sobre essa trajetória específica podem ser resgatados a partir dos relatos do clube e da imprensa da época.

O amistoso gerou uma boa renda para o clube do bairro imperial, estimada em cerca de US$ 10 mil dólares — um valor expressivo para a época.

coordenador de futebol do São CristóvãoBenilton Rodrigues, destacou que, além do retorno financeiro, o jogo teve um papel importante na preparação do elenco, ajudando os jogadores a se entrosarem para a disputa de um torneio paralelo ao Campeonato Brasileiro. Esse torneio reuniria clubes que estavam fora das competições nacionais, oferecendo uma oportunidade de calendário competitivo e visibilidade.

Já o diretor financeiroMauro D'Avila, ressaltou que o montante arrecadado seria destinado a melhorias na Rua Figueira de Melo, especialmente na infraestrutura do estádio e nas dependências do clube, reforçando o compromisso com a valorização do patrimônio e da base local.

amistoso terminou com vitória do São Cristóvão por 2 a 0 sobre o VfB Eppingen. A equipe dos Cadetes entrou em campo com a seguinte formação:

JairPodeirinhoNélioNeném e JúlioBadúIvoSodré (Sivaldo) e HelvécioSena (Santos) e Fio Maravilha (Madeira), Zequinha (Zé Paulo).
Técnico: Franz.

Os dois gols da partida foram marcados por Fio Maravilha, grande destaque do jogo e figura carismática do futebol brasileiro.


LINK DA ENTREVISTA DO SENA : https://www.youtube.com/watch?v=GuYAMAX7p2o&t=1080s

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

O ÚLTIMO ENCONTRO

 O ÚLTIMO ENCONTRO ENTRE SÃO CRISTÓVÃO X VASCO . 



O passado nunca deve ser esquecido e sempre precisa ser lembrado, para que possamos estudá-lo, evitar reviver o que de ruim aconteceu e celebrar os momentos que jamais poderão deixar de existir. A base do futuro é entender o presente olhando para o passado.

A história do último confronto oficial entre os dois times do bairro imperial ficou esquecida durante anos.

Acreditava-se que o último encontro oficial entre as equipes tivesse ocorrido em 1995, durante o último campeonato carioca em que o São Cristóvão disputou a primeira divisão. Porém, em 2000, houve um jogo oficial, registrado no Almanaque do Vasco, com todos os elementos que um jogo oficial precisava ter, marcando o último encontro entre as equipes.

Assim como aconteceu nos anos 1940, quando o Vasco foi o adversário que reabriu a Figueira de Melo, em 2000, a amizade entre os dois times trouxe novamente o Vasco para reinaugurar o estádio, em um amistoso de preparação para ambas as equipes: o Vasco, que participava do Brasileiro e da Copa Mercosul, e os cadetes do São Cristóvão, que disputariam a Segundona Carioca e o Brasileirão, na época chamado de Copa João Havelange.



Contextualizando a Copa João Havelange : A Copa João Havelange, realizada em 2000, surgiu como uma solução excepcional para a organização do Campeonato Brasileiro daquele ano. O torneio substituiu a tradicional Série A, que não pôde ser realizada normalmente devido a disputas jurídicas e problemas administrativos da CBF envolvendo clubes, divisão de cotas e regulamentos.

Com um formato inovador, a competição reuniu cerca de 116 clubes, divididos em módulos, permitindo a participação de equipes de todas as divisões do futebol brasileiro. O torneio recebeu o nome de João Havelange, ex-presidente da FIFA, em homenagem à sua contribuição ao esporte.

As seguintes equipes cariocas jogaram aquele campeonato : Fluminense, Vasco , Flamengo , Botafogo , Bangu,América, Americano, Volta Redonda, São Cristóvão, Friburguense e Olaria, as principais equipes cariocas na época. 

Os nosso cadetes foram convidados para participar desse torneio e junto com outras equipes do Rio de Janeiro , jogou aquele Brasileiro . O time jogou aquele campeonato no Módulo Branco e fez uma campanha muito boa para as dificuldades enfrentadas na época. 


Mesmo com um time modesto e uma folha salarial baixa, a equipe dos Cadetes fez uma campanha bastante digna e, por muito pouco, não eliminou a Matonense para avançar à segunda fase. O grupo era considerado acessível, formado por: Olímpia, Friburguense, Matonense (os três classificados), Mogi Mirim, Ipatinga e União Barbarense.

A equipe fez uma campanha equilibrada, com 4 vitórias, 4 empates e 4 derrotas. Realmente, na época, não se esperava um desempenho tão bom, e esse time voltou a trazer orgulho para os são-cristovenses.

Os jogos foram mandados na recém-reformada Figueira de Melo, o que se tornou um fator importante para o bom desempenho da equipe. Vamos relembrar agora os jogos da campanha.

FRIBURGUENSE 1X1 SÃO CRISTÓVÃO

SÃO CRISTÓVÃO 2X0 UNIÃO BARBARENSE 

MOGI MIRIM 4X0 SÃO CRISTÓVÃO 

IPATINGA 3X2 SÃO CRISTÓVÃO 

SÃO CRISTÓVÃO 0X2 OLÍMPIA 

SÃO CRISTÓVÃO 0X0 MATONENSE 

MATONENSE 1X1 SÃO CRISTÓVÃO 

OLIMPIA 1X0 SÃO CRISTÓVÃO 

SÃO CRISTÓVÃO 2X1 IPATINGA

SÃO CRISTÓVÃO 1X0 MOGI MIRIM 

UNIÃO BARBARENSE 2X3 SÃO CRISTÓVÃO 

SÃO CRISTÓVÃO 1X1 FRIBURGUENSE 


A equipe ainda participou da segundona Carioca fazendo uma boa campanha ficando na sexta colocação geral : 14 jogos, 5 vitórias, 7 empates e 2 derrotas. 





AMISTOSO E REINAUGURAÇÃO DA FIGUEIRA DE MELO 

O Estádio da Figueira de Melo foi inaugurado em 1916, em um jogo contra o Santos. O que poucos sabem é que o clube teve, oficialmente, duas reinaugurações, e o time convidado para esses jogos festivos foi o mesmo: o Vasco.

O São Cristóvão foi um dos convidados para participar da Copa João Havelange e, para isso, precisou tomar uma série de medidas. A principal delas era melhorar o Estádio da Figueira de Melo — e assim o clube fez. Com muito sacrifício, o clube consertou o estádio, melhorou as instalações e definiu oficialmente sua capacidade. A partir de junho de 2000, a Figueira de Melo passou a ter capacidade para nove mil pessoas (hoje, apenas mil). E nada melhor do que inaugurar o estádio reformado com um grande jogo. O convidado, novamente, foi o Vasco da Gama, que, assim como nos anos 40, aceitou o convite e compareceu para a partida.

O time do Vasco era aquela potência que todos conhecem, e o amistoso foi bem disputado. Apesar de o São Cristóvão ser, à época, um time da terceira divisão, conseguiu dar certo trabalho à equipe cruzmaltina. Esse jogo é considerado oficial, pois contou com as equipes utilizando seus uniformes principais, súmula, arbitragem e todos os requisitos de uma partida oficial. Inclusive, o jogo está registrado no Almanaque do Vasco, que só contabiliza partidas oficiais.

Estiveram na Figueira de Melo cinco mil pagantes para ver o Vasco vencer por 3 a 0, com gols marcados por Luiz Cláudio, Felipe e Zada. O amistoso serviu de preparação para ambas as equipes.

O elenco do São Cristóvão para o Brasileiro foi composto por:

Goleiros: Josenildo e Thiago 

Zagueiros e Laterais: Isaías, Peterson, Alessandro, Ìndio, Eduardo e Fabrício 

Meio campo : Rodrigo Souto , Baiano, Alssandro, Jair Ventura, Moisés, Dinho ,Benê, Careca e Fabinho 

Atacantes : Rodrigão, Luisinho,Bruno e Naldo 

A equipe títular do jogo contra o Vasco foi : 

Josenildo; 

Isaias, Alessandro ,Eduardo e Fabrício;

Rodrigo Solto, Moisés Dinho e Fabinho; 

Rodrigão e Bruno 

técnico : Gilson Paulino




Foto do jogo do Campeonato Brasileiro -Revista Placar 






foto Revista Placar 




foto reitrada google 

RETROSPECTO (CONFRONTO) ENTRE AS EQUIPES: 
116 JOGOS 
12 VITÓRIAS SÃO CRISTÓVÃO 
23 EMPATES 
81 VITÓRIAS VASCO 
112 GOLS SÃO CRISTÓVÃO 
300 GOLS VASCO 

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